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Moderna Senzala

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Rebuscando minhas memórias e as canções por ora adormecidas, resolvi fazer um registro de uma canção de décadas atrás… Trata-se da música MODERNA SENZALA, composta em parceria com EDILSON DHIO, e por meio dela fazer uma homenagem a este meu amigo de infância. Amigo dos babas no campinho de terra da Couropeu, da adolescência por meio dos movimentos estudantis e políticos (como a criação da UMES, congressos etc), em seguida amigo pela arte, período em que mais nos aproximamos. Artista de grande competência e compositor de grandeza. Fizemos muitas parcerias juntos, vários jingles também; outras tantas ficaram por fazer…

Para a finalidade de registrar esta canção, convidei outro músico e amigo, TIAGO OCCILUPO, que tem no DNA da família a música como herança natural. Primeiro, seu tio, Luizinho Oliveira, um ser único, discreto e que, com sua timidez (que carrega até hoje), exerce um verdadeiro contraste com sua musicalidade firme e forte. Um baixista estudioso e excepcional, tocou com muitos artistas renomados: Lazzo, Luiz Caldas… Eu e Dhio tivemos o privilégio de tocar com Luizinho também. O outro que influenciou diretamente ao Tiago e ao Lucas, foi o irmão de Luizinho, Ziê, baterista seguro e firme – tocamos juntos e em seguida ele ganhou o mundo, tocando com Tonho Matéria e Jau Peri, com quem toca atualmente.

Nesse terreno fértil, brotaram Lucas e Tiago Occilupo, dois meninos extremamente musicais e competentes – quando estávamos tocando juntos era uma segurança incrível e visível, pela musicalidade dos dois, ainda muito jovens… Nossa cidade ficou pequena pra eles, então ganharam o mundo: Terra  Samba, Jamil e vários outros artistas. O Tiago foi respirar novos ares, harmonizar e encantar outras plateias além da fronteira; ganhou a estrada, literalmente, e aterrissou sua luz musical nos holofotes da emissora Globo, por meio do programa “Só Toca Top” (como músico tecladista da banda que acompanha os artistas que se apresentam por lá).

.Voltando ao convite que fiz ao Tiago, chamei-o para fazer o arranjo dessa canção, e ele me fez uma sugestão que me deixou maravilhado, ele me propôs: “Fala Nagib, Blz cara? Por que não convidar a galera que tocou com você e com Dhio pra gravarmos juntos?”. Daí foi sensacional escutar as sonoridades desses músicos virtuosos que abrilhantaram nossas carreiras musicais.

LUCIANO PP, músico que tocou comigo, com Dhio, com quase todos os artistas da nossa querida cidade e com artistas como Dominguinhos. Luciano fez o baixo ficar mais firme na força da retórica que a música tem.

Na bateria, seu irmão LUCAS garantiu essa batida tribal que nos remete à africanidade,  ancestralidade dos tambores de KOALLA, que tocou a percussão, este um grande  percussionista, que cravou seu nome nas principais gravações feitas por aqui nas terras de “mongoiós e imborés”, como disse Dhiozinho…

Na guitarra ele convidou LEO BRASILEIRO, que desde muito novinho era prodígio, atrevido, destemido, dedicado, sagaz, e não demoraria ganhar o mundo com sua pegada de guitarra swingada e sensível… (Aliás, não demorou para Veveta passar o olho no Leo e falar, “venha para a Banda do Bem”, que faz seu acompanhamento nos palcos do mundo.)

O registro da minha voz e dos vocais, fizemos no estúdio Luart, com o competente amigo Arthur.

Nos vocais desta gravação, uma das mais competentes, CLÁUDIA RIZO, mulher, mãe,  pai, filha e espírito santo de bondade e musicalidade, que traz, na sua voz, a força do canto afro…

MODERNA SENZALA: Infelizmente, uma canção que foi feita trinta anos atrás mas ainda atual, a temática da letra continua evidenciada em nossos dias, em que o rascismo é recorrente, parece até que a canção foi feita hoje. “Pela favela o mesmo rufar dos tambores nos fala, na certeza de ter hoje aqui a senzala”.

Segue o resultado desse registro musical, realizado pela força e atualidade da canção, e também para homenagear esse grande artista, meu parceiro e amigo, Adilson Dhio, filho de Dona Nice e seu Maroto. Um artista genuinamente conquistense que tanta falta nos faz com seus versos e canções.

Como disse Edilson Dhio em um dos seus trabalhos: “Somos filhos dessa terra de chapadas e agrestes, deixe o meu sertão falar por mim, de um povo altivo, hospitaleiro que tú és, dos mongoiós, dos pataxós, dos imborés, terra da fartura, berço da cultura de esperança e graça, meu peito se veste, orgulho de ser Sudoeste.” Alegria nossa de ter contado com todos esses citados filhos do sudoeste baiano para prestar essa homenagem.

Tenho orgulho e gratidão aos artistas e amigos que fazem minha caminhada mais leve pelo dom da arte que nos une e alimenta nossa alma.

Nagib.

1 resposta para “Moderna Senzala”

  • Afranio Garcez says:

    Meu caro amigo Nagib, você é merecedor de todos os aplausos pelo tanto que fez e ainda faz pela música de qualidade como esta – Moderna Senzala, canção muito atual. Sinto falta de belos festivais de música e outras expressões artísticas em nossa cidade. Aceite meus parabéns.

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alessandro tibo


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