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Um dos mais combativos vereadores da história de Vitória da Conquista, sem dúvidas, foi Elquisson Soares quando usava a tribuna. O eco da sua fala chegava forte na Catedral Nossa Senhora das Vitórias, depois que a nossa padroeira aliviava o som, o brado do ilustre advogado transpunha as paredes da igreja e chegava firme à Praça Joaquim Correia, onde está edificado o casarão que funciona a Prefeitura, que por sua vez tinha os alicerces abalados.
O vereador Arlindo Rebouças ostenta esse título desde que assumira o seu primeiro mandato quando o PT chegou ao poder em 1997. Continuou assim nas legislaturas seguintes, dedo em riste, nunca deixou passar em branco qualquer deslize administrativo, cobrava soluções, sempre frequentou o Ministério Público buscando esclarecimentos para aquilo que considerava errado.
Arlindo pretende voltar a sentar numa das cadeiras do nosso Legislativo. Já está devidamente filiado, portanto, legitimado para ser apreciado pelo eleitor da nossa cidade. O partido deverá ser uma surpresa para muitos, para mim, nem tanto. Eleitoralmente Arlindo sabe o que está fazendo. Como no poema de Cecília Meireles e musicado por Fagner, cantor cearense, que diz: “não quero ser herói de nada, só quero a companhia de outros braços”, imagino que em determinado momento o presidente do partido deve ter ligado pra ele e dito: “vem comigo, venha pra cá”.
Arlindo, você está mesmo filiado a tal partido? Perguntei-lhe. “É verdade, estou. Fui convidado para outros, só que minha conversa com a minha nova sigla é antiga, já dei minha palavra ao presidente. Só lhe peço uma coisa, deixe pra publicar o nome segunda-feira”.
Arlindo não é bobo, vai gerar duas matérias, essa agora e a próxima, no caso, segunda-feira.