curtinhas2

O Duplica Sudoeste fez um rebuliço danado na cidade e na região. Reuniu com entidades, discutiu, fez alianças propositivas, convidou deputados, vereadores, juntou-se ao prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão, ou o contrário, e partiram para Brasília.

xxxxxxxxxxxx

Na capital Federal reuniram com o ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, e saíram do gabinete do decidido gestor do governo Bolsonaro tristes com recepção que tiveram:

IMG-20200307-WA0019

xxxxxxxxxxxx

Ora, é um balde de água fria nas intenções do seleto grupo conquistense e também de 20 deputados, três vereadores e dois prefeitos (Conquista e Tremedal), todos levando na bagagem muita expectativa de resolver o impasse dessa tão propalada duplicação da Rio Bahia.
A agenda eleitoral poderia ajudar na decisão do imbróglio, só que passo a enxergar que ela trabalha contra.

xxxxxxxxxxxx

O tempo é curto, a eleição está na porta, é logo ali, duvido que teremos outra chance de juntar os parlamentares baianos, a nossa bancada, até outubro, para discutir essa pauta. Embora ela seja a mais importante de todas que se possa imaginar.

xxxxxxxxxxxx

Esse assunto é muito mais amplo do que se pensa. Ele não pertence apenas ao sudoeste da Bahia, e muito menos a Vitória da Conquista, é um problema estadual. Teria que envolver o governador Rui Costa e também o prefeito ACM Neto.

xxxxxxxxxxxx

A duplicação da Rio Bahia é uma necessidade de todos nós: de Conquista, Poções, Planalto, Manoel Vitorino, Jequié e Cândido Sales. As articulações devem ser feitas com essa visão. Não podemos olhar apenas para o nosso umbigo.

xxxxxxxxxxxx

As reuniões políticas, nesse caso, não podem ser partidárias, precisam ser amplas, supra partidárias. O procedimento deve ser como se faz numa assembleia para discutir com a CBF o regulamento do Campeonato Brasileiro: os clubes estão juntos, coesos, para formatar a disputa, depois é que vão brigar pelo título.

xxxxxxxxxxxx

A Via Bahia cada vez mais deixa claro, no meu entendimento, que para ela tanto faz, que a decisão do governo federal pouco lhe importa.

xxxxxxxxxxxx

A Via Bahia está muito tranquila com a decisão do ministro de não querer negociar o contrato: “quem decidirá é o Conselho Arbitral, não temos mais o que propor a ANTT”, assim se pronunciou o representante da concessionária ao nosso programa Agito Geral e também ao nosso blog.

xxxxxxxxxxxx

As vidas ceifadas, acidentes intermináveis, obstrução de viagens, tudo isso não pode ficar à mercê de impasses, de caprichos. Uma sentada à mesa, tranquila, sem subir o tom de voz, cremos, que é o melhor caminho.

xxxxxxxxxxxx

É muito mais fácil, levará menos tempo que construir a ponte Salvador/Itaparica. Um verdadeiro “negócio da China”.

xxxxxxxxxxxx

O mundo assistiu Salvador mais uma vez realizar o maior carnaval do Brasil, fruto de uma ação conjunta do prefeito ACM Neto e do governador Rui Costa. Os dois entendem que a cidade e o estado ganham mais com os dois juntos, pensando iguais, agindo juntos. Investiram e tiveram o retorno financeiro e de imagem.

xxxxxxxxxxxx

A solução para a duplicação da BR116 passa por decisão política, o levante da população, a inquietação da sociedade ecoa, reverbera, chega aos ouvidos dos governantes, dos políticos, e estes devem reagir propositivamente como fizeram agora nessa ida à Brasília.
O prefeito Herzem Gusmão, como responsável pela capital do sudoeste da Bahia, os outros mandatários da região, deputados de Conquista e demais votados na nossa cidade, além de toda a bancada baiana, precisam sentar à mesa e a partir para o tudo ou nada.

xxxxxxxxxxxx

NÃO é aconselhável o impasse. Se puder resolver com a Via Bahia, que o faça, não pode deixar esse hiato, a caducidade do contrato pode nos trazer prejuízos irreparáveis. Por exemplo, tudo o que foi feito pode ficar perdido, iluminação, asfalto, e os pedágios abandonados, depedrados e servindo de moradia para nômades?

xxxxxxxxxxxx

Quando o povo quer; quando os professores, policiais, bancários, querem; quando o congresso quer; quando o próprio presidente quer, o atual e os passados; quando todos querem, convocam os seus próximos e tomam as decisões. Por que não agora para resolver o problema da BR116?

xxxxxxxxxxxx

Não é hora de perder tempo, não podemos esperar. Senão a chuva vem e leva tudo. E esse problema da chuva é antigo, não é de agora, a cidade reclama há décadas.
Bem, esse problema está no colo do prefeito atual, é como uma corrida de bastão, vai passando de mão em mão.

xxxxxxxxxxxx

Conversei com dois entendidos no assunto, são da área e também gostam do mundo político, são formadores de opinião, eles afirmam que preparar as cidades para esse tipo de problema não é muito afeito aos gestores públicos, é cultural.

xxxxxxxxxxxx

E Conquista não foge à regra. Eleitor gosta de ver obras, praças, ruas asfaltadas. Infelizmente, saneamento e serviços de drenagem ninguém vê, fica escondido, não rende votos.

xxxxxxxxxxxx

Preparar a cidade para as chuvas é obra muito cara, custa muito dinheiro, o orçamento do município não permite, salvo se o prefeito abrir mão de outros serviços.
A chuva da última quinta-feira foi responsável pela desarrumação de boa parte da cidade. A Prefeitura foi ágil e buscou amenizar os danos.

xxxxxxxxxxxx

A Defesa Civil não registrou vítimas, mortes, Graças à Deus, mas a enxurrada deixou sua marca de destruição. Arrastou carros, motos, bicicletas, destelhou casas, invadiu casas comerciais, clínicas, deixou um aviso que pode ser pior se chover mais forte e com mais intensidade.

xxxxxxxxxxxx

O prefeito estava em Brasília, ao chegar deparou com os estragos. Depois de visitar as áreas afetadas, reuniu os secretários e determinou ação imediata. Aproveitou o ensejo e decretou estado de emergência.

xxxxxxxxxxxx

“Tem que buscar dinheiro junto ao governo federal, aqui na cidade ele não consegue, nem ele, nem nenhum prefeito. Eu torço para não chover mais forte do que choveu, senão a tragédia será maior”, afirma um engenheiro com ar de preocupação.

xxxxxxxxxxxx

Um cidadão amigo e eleitor do prefeito lamenta o acontecido e lembra: “em três anos e meio não se resolve problemas de décadas. E o conquistense sabe que é impossível. De qualquer sorte, é olhar pra frente e trabalhar para recuperar o que foi destruído”, afirma.