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A sucessão municipal ganha contornos emocionantes depois do resultado da eleição do diretório do Partido dos Trabalhadores. Isaac Bonfim venceu Noeci Salgado com uma margem de votos surpreendente. Ficaram sequelas. A disputa sempre provoca reações diversas.

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Houve queixas, ouvi queixas, não foram poucas, foram muitas. Lembrei-me das disputas memoráveis entre Pedral e Tião que envolviam Raul, Murilo, Gildásio Cairo, Hélio Ribeiro, além de Onildo Pereira de Oliveira (o pai), Aliomar Coelho e Seu Zera, conselheiros de Pedral, e do lado de Sebastião Castro, o Tião, Jadiel Matos, Elquisson Soares e Ilza Matos.

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Um tempo inesquecível, no qual os comícios eram aulas públicas de história, geografia, eram conclaves de intelectuais e também de autodidatas como Gesner Chagas, Altamirando Novaes e Erathostenes Menezes. Estes todos pupilos de Nilton Gonçalves, Orlando Leite, Edvaldo Flores e Fernando Spinola.

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Tínhamos os inteligentes e folclóricos Nei Ferreira, Misael Marcílio, Zé Goes e também o advogado Machadinho.

Ao redor disso tudo, com luz própria, uma verdadeira Academia de Letras composta de Gilberto Quadros, Hugo de Castro Lima, Zezé Lacerda, Rui Medeiros, Aníbal Viana, Mozart Tanajura (pai), Everardo Castro, e mulheres incríveis como Iara Cairo, Dalva Flores, Alvinéia, Ilza Matos, Lídice Macedo, Maria Célia Mascarenhas, Maria Emília, Margarida Oliveira, e professoras como Mércia Andrade, Ana Izabel, Ressureição e Núbia Ferraz, mulheres que decidiam, que influenciaram.

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Ainda na lista acima não podemos deixar de fora, aliás, poderiam abrir a lista com Nevinha  Rodrigues, esposa de Tião, Marlene Flores e Carmem Lúcia. Não falei de mulheres do passado como Dona Zaza, Laudicéia Gusmão, elas ficam por conta de Humberto Flores, Durval Menezes, Esechias Araújo, Carlos Costa e Paulo Nunes, intelectuais e historiadores que sabem e vivenciaram quase tudo da nossa história não muito distante.

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Não incluí na lista acima os jornalistas e intelectuais Fábio Sena, Giorlando Lima e Celino Souza, mestres na arte de escrever e também com amplo conhecimento histórico.

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Deusdete Dias, Humberto Pinheiro e Jânio Freitas, todos radialistas e com profundo conhecimento da história política da nossa querida Vitória da Conquista não apenas porque leram jornais, livros ou “ouviram dizer”. Eles têm os pés fincados aqui, são da terra, vivenciaram tudo, portanto, todos com autoridade pra falar, acostumados, assim como João Melo, Nilton Jr. e Edson Maciel, o filho, a beber limonada às margens do Gavião e não chá mate sob o sol escaldante de alguma praia. Em tempo: para mim não existe essa história de reserva de mercado, nem pra frutas, muito menos pra pessoas.

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Outros apresentadores e jornalistas, muito competentes por sinal, começam a escrever as suas histórias, terão seus nomes inscritos nos livros.

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Mas que a disputa dentro do PT pegou fogo, pegou. Pareceu fogo de monturo, mas não foi, começou com labaredas e depois virou chamas. E não apagaram.

Quem sabe com o passar dos meses e aproximando as eleições municipais consigam dar um tempo e, aparentemente, as divergências serem deixadas de lado.

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O que está em jogo é a Prefeitura da capital do sudoeste da Bahia perdida para Herzem depois de 20 anos de poder. E o atual prefeito disse, repete e continuará falando:

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“Eu só quero mais quatro anos. Eles tiveram vinte, eu só quero oito”. O prefeito já assumiu a condição de candidato à reeleição. Foi pra cima de uns tempos pra cá.

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“Ele será eleito no primeiro turno, não tenham dúvidas, ele está trabalhando demais”, afirmou Edvaldo Paulo, empresário e membro do Conselho Consultivo, em entrevista ao nosso programa Agito Geral.

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Na mesma oportunidade outro integrante do grupo de notáveis que prestam apoio, sugerem, sem fazer parte oficialmente do governo, Hamilton Nogueira, faz coro a fala do seu amigo e colega contabilista Edvaldo:

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“Eu disse a Herzem: Prefeito, você nos enganou, disse que não tinha experiência administrativa, você enganou a todos nós, você está dando um show de administração”, e completou a fala dizendo que “Herzem será reeleito no primeiro turno“.

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Enquanto isso a cidade não dorme, outros fatos acontecem fora do perímetro da polarização. Reuniões constantes estão acontecendo de descontentes de todos os lados. Insatisfeitos com o centro, com a direita e com a esquerda. Não se enganem, poderão sair outras vias, não apenas a terceira. Poderá ter a quarta.

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Não entendam isso como conspiração, é o processo democrático que nos permite isso. Conquista tem essa característica, sempre foi assim: inquieta, questionadora, insatisfeita.

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Já tivemos aqui no passado o Arena 1 e 2; MDB 1 e 2. Imagine hoje, por que seria diferente?

O Fla x Flu é Herzem versos o candidato do PT, mas o campeonato, o regulamento que rege as normas permite outros inscritos.

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Por isso mesmo Fabrício Falcão já disse: “sou pré-candidato, meu nome está disponível para Conquista apreciar”, e com o deputado vem um exército atrás, ao lado e na frente, composto por gladiadores que sabem lutar:

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Além de Elias Dourado, já estão preparados para o embate Marcos Andrade, Elvio Magalhães, Andresson Ribeiro, Eduardo Moraes, Sabrina Portela, além dos vereadores Nildma e Danilo Kiribamba.

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Em qualquer lugar da cidade, em uma sala qualquer, Omar Costa, Euvaldo Cotinguiba e Mozart Tanajura estão discutindo uma alternativa à esquerda, propositiva, composta de outros nomes de diversos segmentos da sociedade, dizendo que o alfabeto é composto de outras letras, não apenas de A e B.

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Ivan Cordeiro já disse que disputará os votos dos conquistenses, não para vereador, ele quer a cadeira ocupada por Herzem, que já decidiu que irá disputá-la outra vez.

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Ivan reitera aos amigos que quer a cadeira de prefeito porque Herzem tirou-lhe a mesa de Mobilidade Urbana.

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Arlindo Rebouças, político natural, vereador por diversas vezes, não me disse, mas deve alimentar o desejo de uma disputa à prefeitura.

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Marcelo Melo me falou dias atrás: “estou fora, não serei candidato. Continuo na política, mas não disputarei o voto.” Só que ele veio de um evento, de um curso de aperfeiçoamento político, fiz matéria no blog e ouvi suas últimas palavras ao telefone:

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“Tenho novidades, você será o primeiro a saber”, me garantiu. No dia seguinte recebi do advogado e ex-parceiro de ACM Neto uma foto ao lado do senador Otto Alencar.

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Na manhã de hoje o ex-prefeito de Dom Basílio, o empresário José Maria Caires me informou: “pode entrevistar Abel Rebouças, Otto liberou o PSD para construir a Terceira Via.

Faz quase 10 dias que Zé Maria, em entrevista ao Blog do Anderson, dissera: “eu considero o nome de Jaymiltinho uma ótima opção para ser prefeito de Conquista”.

O presidente da COOPMAC já me garantiu que não será candidato: uma, duas, três… dez vezes. Todas antes de Abel procurá-lo, assim como fez Aloísio Alan e também Onildo, a reunião foi abortada.

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Otto já havia convidado Jaymiltinho para ser candidato nas últimas eleições, por telefone e pessoalmente.

Guilherme, antes de lançar Odi, já propunha o nome do atual presidente da COOPMAC. Ele não topou, mas deu linha… como se faz com arraia.

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No apartamento de Gilberto Luna, na Praça do Gil, João Leão, vice-governador, fez de tudo para Jaymiltinho aceitar ser candidato. Não!

À noite, antes de lançar oficialmente a Expoconquista 2016, Jaymiltinho ouviu de “O Bonitão”, como é chamado Leão no meio político: “Presidente, um grande futuro está reservado pra você, e se quiser já pode ser logo ali na frente”.

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As eleições seriam (foram) no mês de outubro. Para prefeito já tinha nome definido, foi uma construção de muito tempo, o nome não seria outro senão o de Herzem.

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E olhe que foi um caminhão de gente sugerindo o nome de Onildo Oliveira. Era o grande sonho da classe empresarial que via e vê no diretor do Labo um gestor tão eficiente também na área pública.

Onildo nunca alimentou essa possibilidade: “não serei candidato, participo de qualquer projeto que vise o desenvolvimento de Conquista, mas não discuto nomes”.

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Também para o Blog do Anderson, Onildo deu entrevista no aeroporto Glauber Rocha, quando retornava de São Paulo: “não sou candidato, meu candidato é Herzem, votarei nele novamente e ganhará outra vez”.

Ontem conversei longamente ao telefone com Onildo, aconteceram muitas coisas que podem fazê-lo mudar de opinião. Não em relação a uma possível vitória de Herzem, mas como se comportará na sucessão de 2020.

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Recebi uma mensagem do jornalista Robson Du Val ontem à tarde, em seguida uma ligação. Ouvi atentamente o que ele discorreu sobre a sua saída da Brasil FM, não ficou claro quem foi o responsável pela “conspiração”, embora no seu editorial apresentado ao meio dia da última quinta-feira não tenha ficado dúvidas. O que sugeriram suas palavras ficou muito claro.

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“Segunda-feira todos saberão quem foi o responsável pela minha saída, é só ouvir o programa ao meio dia”, disse o jornalista que anuncia uma entrevista com Onildo no seu novo canal de comunicação, uma rádio WEB.