Otto será candidato ao governo da Bahia
Já poderia ter sido se quisesse, afinal, o senador Otto Alencar detém junto com o seu partido, o PSD, mais de cem prefeituras, é o que afirmam os planilheiros. Creio que estou sendo bem modesto em relação aos números de prefeitos que estão sob a liderança do médico e que definiu as duas últimas campanhas de Rui Costa e que também foi decisivo na governabilidade de Wagner.
Otto veio do ninho Carlista, assim como Jutahy, Imbassahy e tantos outros que se sentiam sufocados pela liderança de perfil administrativo qualificada, mas de imposição filosófica. O velho ACM não brincava em serviço, forjava quadros de extrema competência, só que todos teriam que lhe ser obedientes. Obediência e lealdade são duas coisas distintas.
Em entrevista concedida ao nosso programa Agito Geral, quando ainda apresentado na Clube FM, o hoje deputado federal Otto Alencar Filho me respondeu quando afirmei-lhe que Otto, o pai, era o fiel da balança nas eleições de 2016, pra onde ele fosse lá estaria o futuro governador. E se fosse pela candidatura própria teria chances reais de eleição. O filho do senador me respondeu fora do ar: “não existe essa possibilidade, o senador é muito leal ao governador Rui Costa, ele não sai da base”, afirmou.
Na minha opinião, Otto Alencar não deverá ser mais coadjuvante, ele buscará uma candidatura própria, deverá esperar a reciprocidade do PT e de toda esquerda que compõe a base, ou então partirá para o embate inevitável. Aí agora entra no jogo a militância petista: “não, não podemos abrir mão da cabeça de chapa”.
Aqui em Conquista o PSD começa suas articulações visando à sucessão municipal, a frente do partido tem o professor Abel Rebouças que sonha sentar na cadeira hoje ocupada por Herzem, que quer continuar no mesmo local já que é candidato à reeleição.
Uma coisa é certa: Otto não resistirá a si mesmo, é candidato ao governo do estado, só se não quiser.
Mas, uma pessoa só é candidato se quiser. Ou não? Parabéns, Massa, por colocar o assunto para o debate.