1F27070B-D65B-4FA0-A94B-D39A2B503C8F

Ciro Gomes caminhou até certo ponto como a grande alternativa de candidato para os simpatizantes da esquerda votarem, caso fique confirmada a inelegibilidade de Lula. Aí o PT indicaria o vice, suponho.

Como esse quadro não se definiu na prática, Ciro aceitou conversar com outros segmentos, o PSB então seria algo maravilhoso já que os dois atuam no campo da esquerda, mas o Partido Socialista Brasileiro, assim como o PCdoB, separa, mas não abandona o grande amor, no caso o Partido dos Trabalhadores.

O cearense, que tem origem coronelesca, quer ser presidente do Brasil. Pavio curto, não mede palavras, também não escolhe com muitos critérios as suas alianças para chegar ao poder. Abriu mão de alguns princípios, digamos assim, ideológicos, e conversou, namorou, e quase define com o DEM, SD, PRB, PP e PR, o centrão, só que essa turma migrou para Alckmin e fechou acordo. “O Ciro não tem controle, é explosivo, não vai segurar a onda”, me dizia ontem um ilustre professor e estudioso da política nacional”. Mas a esquerda não vê isso. O seu discurso avançado, cheio de retóricas impressiona muito.

Ele é o mais preparado de todos, não sei se estou enganado, seria o Alckmin? Pois bem, vejam que não temos muita expectativa: Ciro preparou-se para ser presidente do Brasil: foi deputado, governador, ministro, estudou fora e diz que vai expulsar os corruptos do Brasil. Impressionou a “meninada” toda da esquerda e chegou a ser uma opção para ter o apoio do PT. Namorou com outros partidos, inclusive, com o DEM. Trocou olhares com Alckmin, que por sua vez já estava enfraquecendo e Doria assumindo o seu lugar na disputa. Ser governador de São Paulo em duas oportunidades, mesmo aquela capital sendo o berço do sindicalismo, ninho de Lula e do PT, e governando o estado justo quando Luís Inácio Luís da Silva e Dilma presidem o país não é uma demonstração de força? Por que então ele não seria o candidato ideal para confrontar com a esquerda, contando com o apoio ideológico e filosófico de partidos de centro? Mas agora esse apoio deve estar chegando, só que fisiológico.

E Bolsonaro? Some, permanece, apoia Alckmin, segue como o único capaz de “governar para salvar o país da corrupção, acabar com os bandidos”, ou perde fôlego?  Marina será a única diferente nesse processo, será aquela mulher que não tem nó na sua trajetória, nenhuma nesga de borracha na sua roupa ou nódua que macule a sua honra? Ela será, portanto, o lugar para onde migrarão os votos dos sonhadores em ter o país dos justos e fraternos? E como ficarão o PCdoB e PSOL? Juntar-se-ão desde já e constituirão um “time de juvenis” com muito fôlego e vontade, buscando atrair definitivamente os jovens, estudantes e professores, também os sindicalistas, conseguindo assim acuar o PT e PSB?

Só os seguidores de Jesus Cristo e Mandela para salvar esse país. É a minha opinião.