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O MDB já foi o maior partido de oposição do Brasil. Os principais nomes da oposição surgiram lá ou foram pra lá. Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Pedro Simon, Waldir Pires, Fernando Henrique, aqui na Bahia o partido que abrigou sob o seu guarda-chuva vários militantes da esquerda comunista em todo o país, contou nas suas hostes com Rômulo Almeida, José Pedral, Chico Pinto, Elquisson Soares, Sebastião Castro, Jadiel Matos, dentre outros. Só que mais a frente abriu as porteiras para o adesismo nacional e na Bahia de Todos os Santos não foi diferente, todo mundo recebeu uma ficha de filiação, a sigla ficou comum, perdeu a identidade. De grande partido de oposição, o velho e querido MDB passou a ser um balaio de gatos e também de muitos ratos.
No atual momento a sigla ainda não sabe o que fazer, como a maioria dos grandes partidos como PT, PSDB e DEM convivem com o desgaste por conta das contradições programáticas e também por prática de corrupção, o MDB tenta se encontrar, os seus membros procuram uma alternativa para continuar respirando. As bases, a militância, perderam o encanto, já é fato a debandada dos deputados baianos do partido que foi o principal artífice da redemocratização do país. A estratégia da saída não é ideológica, não é conceitual ou filosófica, é matemática, são números, todos fazem contas para saber como conseguirão a reeleição. É difícil saber se algum parlamentar continuará ostentando o número 15.
Não obstante a tudo isso, em Conquista o prefeito Herzem Gusmão ensaia uma resistência. Já se filiaram ao partido Esmeraldino Correia e Sheila Andrade, os dois pré-candidatos nas eleições legislativas.