Tia Nem

Por Maria Reis Gonçalves

Hoje, é considerado o Dia Internacional da Mulher, mas não vou fazer homenagem às mulheres baseada na data, na verdade vou falar um pouco dessas guerreiras que passaram e passam o seu tempo lutando para conquistar seus direitos. A mulher tem conquistado o seu espaço social e econômico ao longo da História. Vira clichê, falar do crescimento da mulher em qualquer parte do planeta. Claro, que ainda existem sociedades que inferiorizam o sexo feminino, principalmente por causa da religião. No entanto, no geral, podemos observar a evolução dos direitos da mulher, através das suas conquistas ao passar dos anos. Foi uma grande caminhada para chegar até aqui, porém, sabemos que apesar de todo esse avanço, a mulher continua sofrendo uma desigualdade em relação aos direitos masculinos. Mesmo conseguindo espaço no mercado de trabalho, em alguns casos, a mulher tem remuneração inferior ao do homem. A mulher já tem voz dentro da família, porém, na maioria das vezes o homem continua como autoridade máxima. Continuamos em uma sociedade machista, a prova está nos índices de violência contra as mulheres, e por isso, elas continuam lutando por reconhecimento e pela garantia de direitos que coíbam práticas contra elas. Já não cabe mais o titulo de “sexo frágil”, ao falar da mulher.
O Brasil, segundo dados do IBGE, possui uma população de 53,53% de mulheres, ao mesmo tempo que mostra a queda de números de filhos. A taxa, que antes mostrava dois filhos por mulher, caiu para um filho. Isso, deve-se as conquistas do mercado de trabalho pelas mulheres nos últimos anos, e a relação de valorização à sua própria posição dentro do ambiente familiar. A mulher contemporânea realiza tarefas dentro e fora de casa, estudam, participam do meio social e cria seus filhos. Alguns são responsáveis pela manutençãofinanceira da sua casa e dos seus antes queridos, sua renda mensal está incorporada a renda familiar. Mesmo sendo parte ativa no mercado de trabalho e na contribuição da renda familiar, a mulher continua sendo passiva de discriminação. Tudo isso pelo fato de que hoje, a mulher se coloca mais como sujeito ativo e participativo do que como objeto submisso. Temos observado muitas mulheres que realizamatividades profissionais, cuida dos filhos, da casa, tudo isso sem que seja necessário a ajuda do homem, do esposo.
Para a mulher contemporânea a vontade do homem e da sociedade já não possuem tanto peso, elas não se submetem facilmente à vontade do outro. A cada dia, é uma luta em busca de mais liberdade e autonomia nas suas realizações pessoais. E ainda encontram tempo para cuidar de si mesmo, da sua beleza física e mental. A mulher brasileira, por cerne, conseguem se adaptar a esse novo estilo de vida. Mães, dona de casa, trabalhadoras, senhoras do seu destino, esse é o principal perfil da mulher contemporânea. Para as mulheres de fibra, não existem obstáculos, estão sempre prontas a enfrentares desafios, prontas para um novo recomeço, se necessário for. Sabemos que a desigualdade ainda existe e persiste em atrapalhar o caminho dessas mulheres guerreiras, mas, elas não desistem e estão sempre prontas para a luta, tanto para conservar o que já conquistaram, como para novas conquistas. E, por elas estarem sempre em busca de melhoria de vida e conseguindo ultrapassar cada barreira, cada empecilho, imposto por uma sociedade ainda arraigada no machismo, é que podemos chamar a mulher contemporânea de Mulheres Vencedoras.