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Por José Vivaldo Mendonça – Secretário Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A humanidade atravessa um processo de transformações das relações entre as pessoas, sejam elas nas esferas econômica, social ou de gestão. Como aconteceu na Revolução Industrial, a base tecnológica é força motriz para o sucesso do desenvolvimento. Agora, com o advento da produção inteligente e da conectividade das coisas é necessário correr para não perder vantagens competitivas.
Neste sentido, é necessária a universalização da banda larga para aperfeiçoar os serviços públicos e fortalecer o PIB dos municípios. O Governo da Bahia tem trabalhado para levar, por meio de fibra ótica, internet em alta velocidade a mais de 70% do território baiano. Já foram investidos R$ 19 milhões e a expectativa é que nos próximos meses, em parceira com a RNP, a Bahia tenha uma infraestrutura robusta de distribuição em 24 cidades-polo existentes.

Por outro lado, na esfera privada, o serviço de internet é executado por diversas empresas (pequenas e médias), em concorrência com as grandes operadoras, o que tem garantido capilaridade e preços competitivos, viabilizando o acesso ao serviço. Reconhecer a existência e optar pelo fortalecimento dos provedores de internet é estratégico para o desenvolvimento da rede de tecnologia e inovação da Bahia.
Dentre os desafios de expansão, é necessário repactuar o tratamento dado pela COELBA no uso dos postes para passagem dos cabos de fibra ótica. Não é cabível que os provedores sejam sobretaxados. Enquanto Oi, Vivo, Tim e Claro pagam em torno de R$ 0,90/poste, os provedores são taxados em R$ 6,90, sem desconsiderar a ameaça e ação constante de corte de cabos e interrupção do serviço, não tendo critérios objetivos e isonômicos para licenciamento e instalação.
É preciso compreender que a internet não é uma rede de computadores, mas uma rede de pessoas. Assim como água, energia e comida, elementos básicos, estar conectado é também condição básica para sobrevivência e cidadania. Monopólio e reserva de mercado não combinam com o Século XXI. O futuro chegou!