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“Eu teria uma reunião com ele hoje à noite na sua residência, quando fui surpreendido pelo vaqueiro dando a notícia de que Márcio teria sido assassinado”, assim foi dada a notícia da morte prematura do conquistense Márcio Matos por um amigo ao jornal Chapada Diamantina. O trágico acontecimento ocorreu no município de Iramaia, onde Marcinho residia e ocupava o cargo de secretário de Administração da cidade de Ataetê, também na região da Chapada.

Márcio Matos era conquistense, filiado ao PT local, era ativo participante de uma tendência mais à esquerda do partido, ligada as famílias do campo, daí tornar-se dirigente nacional do MST, o que o credenciou a se inscrever como pré-candidato à prefeito nas últimas eleições em Vitória da Conquista. Marcinho, como era carinhosamente tratado pelos amigos, desistiu da candidatura para apoiar o então candidato José Raimundo.

Após a morte do seu pai, o ex-prefeito Jadiel Matos, abraçou com força o ideário do homem que foi um exemplo de político correto e de humanismo à frente da prefeitura de Vitória da Conquista.

A notícia causou consternação nos meios políticos da nossa cidade e da Bahia, inclusive, o governador Rui Costa manifestou solidariedade ao jovem político, ao tempo que recomendou à polícia celeridade nas apurações do crime.

Ainda, segundo informações dos que chegaram à residência da vítima, o “autor dos disparos trancou o seu filho em um quarto e praticou o crime”. A motivação da tragédia tem características de crime de mando, já que nada foi levado da vítima. Amigos e correligionários de Marcinho estão incrédulos com o que aconteceu e vêem na partida prematura do jovem ativista uma perda irreparável para os que praticam a política do bem.