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Não ganharam o jogo, mas levaram o título. Os torcedores do Flamengo já tinham como certo a vitória dentro de casa. Afinal, a equipe rubro negra contava com sua imensa torcida, além de um reforço histórico dos seguidores do Vasco da Gama, que esqueceram qualquer rivalidade e juntaram-se aos co-irmãos para tentar superar os patrícios de Maradona, que venceram a equipe carioca no jogo de ida.
Com um gol chorado, o Flamengo abriu o placar depois de perder algumas chances. Pareceu que o jogo ficaria fácil, quem sabe até uma vitória com um placar mais elástico. Pareceu. Apenas isso. Mais uma vez o time que já teve Zico como o seu maior ídolo, quedou-se, ajoelhou, podemos assim dizer, para os temidos adversários do futebol brasileiro.
O penalty veio de forma inesperada. Num lance infantil, o atacante do Independiente foi empurrado dentro da área. A torcida por um instante calou. Depois recobrou-se do susto e voltou a acreditar na vitória. Diego, a principal estrela do time, estava limitado a passes laterais. Não desequilibrou como era de se esperar. Faltou o grande gladiador, Guerreiro fez falta.
O tempo passou rápido demais, a torcida já não acreditava mais. E o pior aconteceu. Milhões de brasileiros choraram a perda de um título que já tinha dono. Só que não avisaram aos hermanos e eles superaram todas as dificuldades dentro e fora de campo, saíram do Brasil ostentando uma conquista mais do que merecida.
O Flamengo não fez jus ao que parecia óbvio, não conseguiu dar um Feliz Natal aos seus torcedores. Ao contrário, deixou um monte de apaixonados com o gosto da vitória, com o cheiro de mais um título. Ao final do espetáculo cenas de barbárie, selvageria entre os torcedores, uma verdadeira guerra, que não faz bem aos olhos de ninguém, Ao contrário, só denigre a imagem do nosso futebol.
Vitória da Conquista estava preparada para uma grande festa. Sem contar que não deu nem para os flamenguistas agradecerem o apoio dos vascaínos. Daqui nós sofremos, imagine alguns amigos que foram ao Rio de Janeiro aplaudir de perto os seus ídolos. Pelo menos aproveitaram a chegada antecipada e foram a Gávea sentir a emoção de ver tantos troféus conquistados ao longo do tempo. Parabéns, heróis, valeu o sacrifício, valeu o amor pelo clube: Bebeto Quadros, Toni Zé, Alexandre Fernandes, Maciel Júnior, Lula Brandão, Rogerinho Quadros, Raimundo Junior, Dr. Júlio César, Júnior Bolinha, dentre outros, merecem os nossos aplausos.