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Não, não, não, não, não!

Edvaldo
Por Edvaldo Paulo de Araújo

Não sou um homem de “talvez”. Às vezes, fico quieto. Posso ser evasivo. Às vezes, irei adiar ou tentar evitar dizer. Mas, no fim, não irei dizer o que você quer ouvir só porque é o que você deseja.
Mesmo que tenhamos um instinto quase sobrenatural para agradar, mesmo que odeie desapontar as pessoas, sejamos adeptos de dizer “não” quando for “não”. Há momentos em que podemos dizer, “deixe-me pensar sobre isso”, mas quando soubermos que a resposta é “não”, devemos dizer. Sei que isso não é tão fácil ou simples quanto parece. Não esqueçamos que “não” é uma sentença completa e definitiva.
Não gosto de dizer essa palavra e acho que ninguém gosta. Muitas vezes, lutamos para dizê-la de modo cortês. O preço de não dizer “não” agora torna-o ainda maior e mais difícil de dizê-lo depois. Melhor desapontar alguém logo. Não vou impingir o custo disso a outra pessoa; quando digo, sou claro e definitivo. Oferecer esperanças é deixar a porta entreaberta. Se esta é a decisão, por que não fechar a porta?
Fernando Nascimento sempre me dizia que não gostava de emprestar dinheiro a amigos, pois o risco era de perder os dois. Que era melhor ficar com vergonha um minuto, quando se proferia o “não”, do que ficar com ele engasgado por toda a vida por ter dito “sim”.
Tenho dito muitos “nãos” em minha vida. ”Desculpe, mas a resposta é não”. Não devemos desperdiçar os “nãos” quando não o forem (risos). Nas nossas vidas, temos dito muitos “nãos” no momento em que era preciso. Não digo “não” quando não tenho que dizer. Muitas vezes, fui estratégico nas “negativas”.
Sempre, em recrutamento, tenho que apreciar currículos; nunca engano, pois não gosto de dar falsas esperanças. A maioria das pessoas diz: – “depois te ligo”, “vou apreciar com calma”, etc. Não faço isso. Digo sempre de maneira clara e direta, quando é negativa – “Existem pessoas mais preparadas e que tiveram uma melhor performance que a sua. Estude. Melhore. Talvez se saia melhor em uma outra oportunidade”. Outro dia, vi um currículo de que não gostei e, na entrevista, gostei menos ainda. Devolvi o currículo ao rapaz e disse claramente a ele o que pensava, de maneira direta e firme. Ele foi embora. Passaram-se uns dois anos e, num belo dia, esse mesmo rapaz solicitou falar comigo. Chegou bem vestido, usando gravata. Foi logo dizendo – “vim lhe agradecer a lição que o senhor me deu um tempo atrás. Quando saí daqui, saí bastante zangado; minha esposa me pediu calma, como se dissesse que o senhor tinha razão e, hoje, reconheço que tinha. Tomei a atitude de ouvir o seu conselho e hoje me encontro em uma situação privilegiada, graças à sua negativa, graça ao seu ‘não”.
Em muitos casos o “não” representa um princípio muito importante, acredito ser esse um deles. Lembro-me por ser mais recente.
Muitas vezes, numa negativa, fica uma lição. Muitos a encaram de maneira positiva e seguem o seu rumo tentando se reciclar e procurando merecer respostas positivas. Os “nãos” que muitas vezes recebemos são construídos por nós que, tentamos driblar determinadas situações. Quantas vezes cada um de nós alimentou falsas esperanças? Quantas vezes alguém nos disse – “vou pensar, depois te dou o retorno” e esse retorno nunca aconteceu. Muitas vezes, ficamos um longo tempo esperando. Não era melhor uma negativa direta? Será que essa falsa esperança não trouxe o comodismo de determinada situação? Ou então, “vou perguntar a fulano ou a sicrano, depois te falo”, fugindo da responsabilidade.
“Desculpe, mas não será possível’, não é uma boa resposta para determinados “nãos”? Não digo meus “nãos” com falsa simpatia ou desculpas.
Outro dia, para me tomar um dinheiro, pior, em dólar, um conhecido inventou uma história, como diz uma amiga com, “comprimento sem largura”. Disse prontamente que não o emprestaria. Ele disse: “te peguei desprevenido agora não foi?” Respondi – “não”, “tenho o dinheiro, só não vou lhe emprestar”. Não gosto de mentira. Por que iria dizer que não tinha o dinheiro se eu tinha? Disse a verdade, fui sincero.
Todos nós gostamos de respostas positivas. Ficamos muito aliviados em não precisar dizer “não”, mas, quando for preciso, temos que dizer. Conheço pessoas que passam a vida se lamentado por não ter dito determinados “nãos”, quando realmente precisavam ter dito. É desagradável, mas, quando necessário, precisamos dizer.
Tem gente que não tem coragem de dizer “não”. São os que têm extrema necessidade de agradar e se descaracterizar.
Diga sempre “não”, quando for “não”.

3 respostas para “Não, não, não, não, não!”

  • Kátia Conde says:

    De fato, não se pode conduzir uma vida profissional sem clareza e objetividade – é condição essencial e indispensável.
    Aliás, isto também se aplica nas relações interpessoais – estas se tornam valiosas quando calcadas na sinceridade, especialmente entre amigos, verdadeiros amigos.
    Contudo, dizer “não” nem sempre é fácil, principalmente para àquelas pessoas que se encontram inseguras devido à motivações internas de origem emocional.
    Por outro lado, existem àqueles que escapam de se posicionar porque não se disponhem nunca a assumir absolutamente nada.
    De qualquer forma, fica indubitavelmente clara a importância de sermos capazes de dizer “não” quando a situação exige, no exato momento em que não oferece qualquer outro tipo de alternativa viável.

  • Carla Nascimento says:

    Ótimo texto apesar de não ser minha regra ou estratégico dizer não.
    Muito bom sob o ponto de vista do autor.
    Gosto da forma como descreveu o NÃO.
    Fernando Nascimento tinha no perfil sempre a frente do seu tempo.Excelente colaborador na idéia.
    Parabéns por saber que não é não.Sou aprendiz.Mas chego junto.

  • Raquel Haidar says:

    Nem todo não traz uma negatividade quando é transmitido ao receptor que encara de modo desafiador. Quantos “NÃO” resultaram tantas conquistas? Parabéns, Edvaldo, muito bom o poder desta palavra.

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alessandro tibo


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