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Os deputados Waldenor Pereira e Zé Raimundo não gostaram nadinha da notícia que veiculou na capital do estado e também no interior, inclusive, aqui em Conquista, que a candidatura de Odir Freire já está sacramentada dentro do PT, principalmente por ser avalizada pelo prefeito Guilherme Menezes.

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Os dois parlamentares reconhecem a legitimidade das pretensões de Odir Freire e o direito de Guilherme tê-lo como candidato preferencial, mas entendem que o processo para a definição do candidato do Partido dos Trabalhadores está sendo discutido de maneira democrática pelas diversas correntes que integram a sigla. São quatro nomes que estão sendo avaliados, inclusive o do professor José Raimundo.

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Odir não para de acompanhar o prefeito no cumprimento da sua agenda administrativa. Em algumas situações já representa o dirigente do município, seja na sede ou na zona rural.

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A política anda tão diferente, tão modernizada, que não será surpresa a formação de chapas totalmente inusitadas para a disputa das próximas eleições. E isso não vem acontecendo de agora. Tudo que você poderia não esperar já aconteceu, inclusive, em Conquista.

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Jogo político não é fácil de acompanhar. Principalmente quando se trata da militância. Porque ela é sonhadora. É mais ou menos como no futebol. Os Flamenguistas jamais imaginariam Zico jogando no Vasco, ou Roberto Dinamite envergando a camiseta do Flamengo. Na política era mais ou menos assim.

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Ulisses Guimarães disputar uma eleição pelo antigo PDS? Antonio Carlos Magalhães aderir ao PCdoB? Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos fazer parte de uma composição política com Marcos Maciel e José Sarney? Inimaginável! Inaceitável! Nem passava pela cabeça de ninguém. Mas aconteceu. Não exatamente com esses nomes, descritos como acima.

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Em alguns casos é até possível entender. Para chegar ao Estado Democrático, para conquistar as Eleições Diretas, o MDB liderado por Ulisses e as forças de esquerda precisaram buscar dentro da direita, nomes capazes de romper com o sistema vigente e fazer uma grande frente para redemocratizar o país.

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As oposições ganharam em 23 estados da federação, se não me engano. Aqui na Bahia foi com Waldir Pires, que buscou Nilo Coelho em Guanambi, inspirado por Pedral. Nilo não aderiu por que passou a ser de esquerda, ele procedeu assim porque precisava se libertar das amarras de ACM.

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Em razão dessas mudanças de comportamento da política nacional, antigos inimigos passaram a ser aliados. Em Guanambi, por exemplo, Nilo recebeu o apoio do PCdoB em determinado pleito. Os dois quiseram estar juntos. Em Conquista Pedral juntou-se a Antonio Carlos Magalhães, através de Margarida Oliveira. Ninguém está isento de culpa.Ninguém é puro sangue. Não foi e nem é.

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Naquela época surgia o PT, radical, exclusivo, de esquerda, marxista, anárquico, segundo alguns, não tinha conversa com ninguém. Nem com o PCdoB, nem com o PCB, PDT, com ninguém. Foi contra radicalmente mudar a política no pais através do voto.Para o Partido dos Trabalhadores todas as outras siglas eram adesistas, todos eram “pequeno burguês”.

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Conseguiu mostrar-se um partido diferente, colocou debaixo dos braços a bandeira da ética na política. Ganhou a preferência de grandes nomes da esquerda brasileira, levou para os seus quadros intelectuais, a igreja, artistas e celebridades. Ganhou a simpatia popular. Chegou ao poder. A população não estava votando nos comunistas, não estava assumindo uma república socialista. Queria mudar. Mais ainda. Um pouco mais a esquerda. Ela entendia que o velho PMDB se rendeu ao sistema.

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Lula tentou, insistiu, até chegou lá. O povo entendeu que o PT não seria um perigo para a democracia brasileira. Aqui nunca seria uma Cuba ou União Soviética. Rui Medeiros, uma das principais figuras da esquerda em Conquista disputou as eleições pelo PT. Com Rui ainda era o partido da “estrela vermelha”, naquele instante tinha Zé Novaes, Fiti Freitas, Valdenor, Zé Raimundo, Carlos Alberto (Cacau), Professor Tadeu, Idelbrando Oliveira, Wilton Cunha, Zé Geraldo, Belarmino e tantos outros

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Aquele sonho socialista foi desfeito, pelo menos foi dado um tempo. Era impossível prosseguir. O partido já não era mais a sigla da contestação, queria chegar ao poder. E assim procedeu, fez concessões, no mínimo ideológicas. Ganhou as eleições em Conquista com Clóvis Assis do PSDB, na vice e aliançado com o deputado Coriolano Sales do PDT, que rompera com Pedral. Os dois, Clóvis e Cori.

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Guilherme, até então militante político do PV, ex Secretário de Saúde do governo de Pedral, foi convidado a assumir e liderar o processo eleitoral. Ganhou a simpatia da população, venceu nas urnas Vonca e Murilo e partir de 1997 vem governando a cidade. E o prefeito quer continuar à frente das decisões. Já lançou Odir Freire, secretário da sua inteira confiança. Os estilos são parecidos. Guilherme Odir tem perfis quase iguais. Discretos. Exercitam a política quase que em silêncio.

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Já caminha para uma decisão. Nonô e Zé Raimundo, não se rebelaram, embora, a priori, não tenham concordado. Principalmente o deputado estadual. Pereira entende que hoje Zé Raimundo tem maior densidade eleitoral. Mas o PT é assim mesmo, estranha, chia, reclama, depois parte unido para a disputa.

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É como dissemos acima, pode surgir uma chapa inusitada. Ou várias chapas inimagináveis.Na situação e nas oposições. Sim, nas oposições. Porque ainda não se conseguiu vislumbrar uma oposição única. Hérzem é o principal opositor, pelo menos em termos de disputas. O deputado do PMDB gostaria muito de ter todos unidos, já no primeiro turno.

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Não é fácil, mas é possível. Só não vai conseguir aglutinar dentro do seu projeto o PSB e a Rede. Também o PCdoB. Por razões conhecidas. A Rede não deixa muito espaço para alianças. Quer mostrar para a população que é diferente. O PSB e PCdoB, se lançaram com Alexandre Pereira e Fabricio Falcão, respectivamente. Brigam por espaços. Não romperam com Guilherme por questões ideológicas. Talvez filosóficas. Se bem que ideologia não está muito em voga.

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Portanto, aguardem qualquer composição nas chapas. Inusitadas, repito.

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A Rede mesmo poderá lançar um nome a prefeito que ninguém imagina. E aí vai balançar o coreto da praça. Eu soube, fazem três dias.Soube por acaso. É segredo de estado. Jogada de mestre. E o interesse é recíproco.

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A Rede convidou uma expressiva figura da política conquistense para ser o candidato a prefeito. O convidado vem fazendo uma série de consultas. Ele mesmo, intimamente, passa a impressão que topa. Mas não depende só dele. O prazo para dar a resposta expira na próxima quarta feira.

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Outra chapa que pode surgir e que não terá nenhuma dificuldade em ser anunciada é Alexandre e Gutemberg Macedo. Os dois pensam mais ou menos igual em relação a política. São também advogados e sócios.

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O PSB partiu mesmo para a disputa. Já existe uma conversa interna para a entrega dos cargos que o partido ocupa na administração municipal. O partido percebeu que é o momento de ocupar mais espaços dentro da comunidade. E isso, segundo os seus dirigentes, só acontece disputando a eleição majoritária.

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O PT poderá lançar uma chapa com cara de inusitada, pelo menos no que se refere aos nomes dos candidatos. Odir Freire e Fernando Jacaré. Acomoda tudo. Acalma os ânimos. Waldenor e Zé Raimundo, por exemplo, respiram aliviados, resolvem um embate. Contempla as aspirações da dupla e o prefeito Guilherme parte cm o nome de Odir com mais segurança.

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A possibilidade de Jaymiltinho Gusmão compor a chapa com Odir é remota. O presidente da Coopmac já me deixou isso claro. E não foi uma nem duas, foram várias. O que ele quer mesmo é realizar uma grande exposição ao lado da sua diretoria.

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Carlos Teles, secretário do Meio Ambiente, é outro nome forte, da confiança do prefeito, tem transito livre no meio do empresariado. Tem vocação administrativa. Nada aqui sai da minha imaginação.

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Fabricio aguarda trabalhando. Foi o primeiro a lançar o nome na disputa. Aguarda o vice.Vem conversando.E muito. Pode estar sentado com uma grande frente alternativa. Tudo pode acontecer.

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O Grupo Independente está caminhando do seu jeito. Está nas ruas a todo vapor.Ainda esta semana tem encontros em Salvador. Se fechar o que está imaginando, o que vem sendo conversado, se fortalece. Romilson segue hoje para Brasilia e de lá desembarca do Aeroporto Luis Eduardo Magalhães;De lá segue para a Assembleia Legislativa. Já vai ter um grupo lhe esperando.

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Marcelo Melo é candidato, disputa as eleições para prefeito. Até ontem se encontrava em Salvador. Já deve ter retornado. Quem me assegurou que ele disputa as eleições foi Guilherme, jovem estudante de direito e dirigente da Juventude do DEM em Vitória da Conquista. O Capitão Lima, que dirige o PEN e é aliado do DEM, vem me garantindo a mesma coisa.

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Armenio Santos do Solidariedade, garante a sua candidatura. Já fala isso por todos os cantos da cidade. Hermínio Oliveira, vereador, liderança forte no Bairro Guarani, faz coro as palavras de Armenio.