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                                                            Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (10), às 19h, será lançado o livro “Poemas e Reflexões Sobre o Amor e os Preconceitos”, da escritora Joaquina Lacerda Leite, na Casa Memorial Governador Régis Pacheco.

POEMAS E REFLEXÕES SOBRE O AMOR E OS PRECONCEITOS.

É com imenso prazer que finalizo mais um livro de poesias comprometido com a causa dos injustiçados pelo poder econômico e marginalizados pelos preconceitos sociais. Ele constitui mais uma tentativa romântica de despertar os excluídos e injustiçados da apatia que os impede de lutar contra os políticos enganadores e corruptos e os capitalistas exploradores de sua força de trabalho. Esta apatia (ou resignação) é alimentada por vários mecanismos, destacando-se o atual modelo educacional conformista, que desestimula a reflexão crítica dos estudantes, a fim de torná-los meros reprodutores dos valores da classe dominante.

Tenho absoluta certeza de que a esperança e a vontade de lutar somente me abandonarão quando se apagar a chama de minha vida. É esta esperança que me faz acreditar que, um dia, a indignação dos pobres de nosso país conquistará a parte da renda nacional que lhes cabe. E não me venham dizer que estou delirando, porque esta conquista depende apenas da união e da luta organizada da maioria da população que é prejudicada pelo perverso e excludente sistema de produção da atualidade. Nada mais triste do que a prevalência da pobreza em um país tão grande e tão rico quanto o nosso.

Uma distribuição mais igualitária da renda nacional é condição necessária, mas não suficiente, para o desenvolvimento material e cultural de um povo. Independentemente da concepção que cada pessoa tem a respeito da felicidade, esta depende necessariamente da eliminação de outra perversa fonte de sofrimento, que são os preconceitos sociais. Nada mais vergonhoso do que a existência de preconceitos sociais em um país caracterizado pela diversidade geográfica, étnica, cultural e ambiental.

Existem dois pré-requisitos essenciais para a superação da prática dos preconceitos: a percepção de sua malignidade (tanto para os preconceituosos quanto para os discriminados) e a conscientização de que a diferença não torna ninguém inferior nem superior a outrem. A diversidade deve ser vista como condição imprescindível à beleza do Mundo. É ela que impede a monotonia que seria proporcionada pelos corpos iguais e pelos comportamentos padronizados. É esta visão que nos faz reconhecer a importância do cultivo do respeito, do afeto e da generosidade para com as pessoas, sejam elas amigas, desconhecidas ou até mesmo inimigas. A busca incessante de uma cultura sem as barreiras impostas pelos preconceitos sociais deve constituir o sonho de todas as pessoas efetivamente humanas. Fico feliz ao perceber que a maior parte de meu tempo é dedicada à realização desse sonho.

Muitos dos poemas contidos neste livro contestam a estigmatização social que, nas últimas décadas, tem constituído a motivação central de minha militância político-social. Outros têm a ver com as preocupações da autora relativas às perversas consequências da brutal concentração da renda acirrada pelo neoliberalismo que se intensificou nas últimas décadas, promovendo profunda crise na economia europeia e americana, com reflexos negativos no Brasil, notadamente no Governo Dilma Rousseff. As consequências desta crise não foram mais danosas porque o Governo do PT promoveu medidas para ampliar o mercado de trabalho, elevar os salários e promover políticas públicas beneficiárias das camadas populares.

Cordiais Saudações de

Joaquina Lacerda Leite